Tenho orgulho em apresentar o New World Notes em português, uma experiência destinada a alargar a leitura deste blogue entre os muitos Residentes de Portugal e do Brasil. Para verem mais posts como este, por favor enviem este link -- Hamlet Au (tradução de Tonjampae Amat)
Na primeira vida, Laurah Oh é designer gráfica no Rio de Janeiro e, além do seu trabalho a criar brochuras e ícones digitais, podem encontrá-la à noite nos bares com o namorado (que também possui uma conta no SL) ou em casa a ouvir música. Ela descobriu o Second Life através de um professor na universidade, que o apresentou como um exemplo de ilustração e animação em três dimensões; depois de a aula terminar, porém, Laurah permaneceu in-world, onde se tornou artista do metaverso. Ela usa o Second Life como uma plataforma para criar imagens de uma beleza luminosa. (A sua série “Fairy Fantasy” foi exibida recentemente na Dagger Eye Gallery da Rezzable, parceiro do NWN.)
imagens favoritas; os originais no stream Flickr dela aqui, aqui, aqui e aqui
“[Quando] preciso muito de inspiração para fazer uma imagem”, diz-me ela, “às vezes entro online e fico a pensar e a pensar e depois desligo-me!” As imagens dela começam como screenshots de avatares, que depois processa em Photoshop, dando-lhes um brilho de pedra preciosa e uma obscuridade de veludo que as fazem parecer mais com pinturas do que com imagens digitais.
Apesar de as mulheres nos seus trabalhos parecerem ser dezenas de avatares diferentes, “Sou eu em todos eles”, diz-me ela com um sorriso. “A forma é sempre a mesma, mas a pele muda muito”.
Para além
do namorado, ela diz-me que não conhece muitos outros
brasileiros no Second Life; em vez disso, tem uma rede de amigos por
todo o mundo, outros amantes da arte que ela conheceu primeiro no SL,
mas que transportou para a sua vida real.
“Os amigos que tenho no SL, acolho-os também na minha vida real”, afirma. “Mmm, como explicá-lo? Bom, não [os] conheci na vida real porque eles vivem longe de mim, mas se pudesse conhecê-los-ia. Falo com eles no MSN, por email, este tipo de coisas, e falamos de coisas da vida real”.
Pergunto-lhe o que é que os amigos brasileiros dela e a família pensam da sua Segunda Vida e sobre todo o tempo que ela ali passa.
“Não dizem nada porque eu não lhes pergunto”, diz-me, a rir. “Só lhes mostro as minhas imagens e eles adoram o meu trabalho”.
Podem ver mais do trabalho de Laurah Oh no stream Flickr dela; a Dagger Eye Gallery fechou recentemente, outra vítima da subida de preços do Openspace; muitas das imagens dela estão em exibição na sua galeria no SL. Peçam-lhe com gentileza e ela poderá teleportar-vos até lá.
Sobre a tradutora Tonjampae Amat:
"Lisboa é a minha cidade, de entre algumas outras que ouso chamar minhas. Adoro a sua luz, a heterogeneidade do seu povo - e agora já estou a falar do meu país - e a riqueza da sua língua. Sou jornalista e escrevo sobre política internacional. (Aprendi as primeiras coisas que sei sobre política em livros de ficção científica, uns livros pequeninos, de capa azul, que povoaram as minhas tardes da infância e adolescência).
"Descobri o Second Life através de amigos, que mo apresentaram como um espaço de comunicação global e um universo de criatividade em contínua expansão. Fez-me recordar os meus sonhos de Argonauta. Já lhe vou dominando a linguagem nas palavras e, mesmo não tendo ainda sido capaz de desenhar sequer uma linha recta, sei que um dia conseguirei construir um barco."
http://www.reverso.net/text_translation.asp?lang=EN
Posted by: Faerie | Monday, December 22, 2008 at 06:40 PM