Há uma contestação de peso contra a iminente aplicação dos regulamentos de demarcação de zonas da Linden que irão retirar todo o sexo e violência explícita do motor de busca de default do Second Life, assim como dos seus principais continentes - a serem impostos este Verão. Muitos destes protestos organizados estão a chegar ao JIRA, o software detector de defeitos e de pedidos de funções online da Linden Lab, onde agora se pode encontrar esta entrada catalogada como MISC-2727:
"Terminate All Instalations of any 'Adult Content' filtering, Relocation, Banning, Viewer Modifications, Server Modifications" (Ponham termo a todas as Instalações de filtragem de 'Conteúdos para Adultos', sua Relocalização, Interdições, Modificações do Viewer, Alterações no Server")
Por esta altura, aquela entrada conquistou 3.119 votos [3.503 a 12 de Maio], o que pode não parecer muito numa população de quase 750 mil utilizadores regulares do Second Life. Porém, o programa JIRA é de navegação difícil e requer que seja feito log in com o nome e password do avatar, o que significa que habitualmente é usado apenas pelos Residentes mais envolvidos.
Apesar dessas dificuldades, a entrada é actualmente a segunda mais votada em toda a base de dados, ficando atrás apenas de uma outra entrada no JIRA relacionada com a rebelião monumental do ano passado por causa dos preços do OpenSpace. Nesse caso, os Lindens responderam mudando substancialmente as suas políticas de preços, e até pedindo desculpa à comunidade. Ainda está para ver, porém, o que esta nova revolta conseguirá conquistar. Vão aqui para acompanharem o caso no JIRA.
(Muito obrigado a Thorn Witrial, pela dica. Imagem do protesto tirada da galeria do JIRA.)
Sobre a tradutora Tonjampae Amat:
"Lisboa é a minha cidade, de entre algumas outras que ouso chamar minhas. Adoro a sua luz, a heterogeneidade do seu povo - e agora já estou a falar do meu país - e a riqueza da sua língua. Sou jornalista e escrevo sobre política internacional. (Aprendi as primeiras coisas que sei sobre política em livros de ficção científica, uns livros pequeninos, de capa azul, que povoaram as tardes da minha infância e adolescência).
"Descobri o Second Life através de amigos, que mo apresentaram como um espaço de comunicação global e um universo de criatividade em contínua expansão. Fez-me recordar os meus sonhos de Argonauta. Já lhe vou dominando a linguagem nas palavras e, mesmo não tendo ainda sido capaz de desenhar sequer uma linha recta, sei que um dia conseguirei construir um barco."
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